Praia Branca

Gosto muito quando me silencio.

A Paz é o que mais aprecio.

Apesar de sentir um verdadeiro prazer,

- Como o de um alvorecer -

Com as positivas emoções,

Aquelas que proporcionam inesquecíveis sensações,

É na paz que me recobro,

Que me recupero,

Que me desdobro

E me supero.

Embora tenha tido um íntimo convívio

Com a adrenalina, devido aos percalços inevitáveis,

Aos desastrosos sacrifícios,

Aos aborrecimentos inenarráveis...

A minha praia,

Onde a alma, literalmente se espraia,

Onde minha vida é mais,

É, indubitavelmente, a paz.

Em seus braços,

Desaparece o cansaço,

O nervosismo,

O egoísmo.

Esvazia-se a represa

Da tristeza.

A cruel ansiedade

Cede lugar à tranquilidade...

Em seu ventre sagrado

Recosto-me apaziguado...

Tão enluarado,

Quanto ensolarado.

Tão cativado,

Quanto abusado...

Tão desligado,

Quanto inspirado!

Em seu coração

Abrigo o irmão.

Estendo a mão,

Reverencio o chão,

Grão por grão...

Escrevo a redenção,

Em forma de suave canção.

Construo uma nação!

Presente de aniversário atrasado para a amiga e excelente poetisa

Lucimar Alves

Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=VVYVFBCYE-Q&feature=related

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 03/09/2010
Reeditado em 03/09/2010
Código do texto: T2475622