NÃO ME PEÇAS…

A ti, a minha mais adorada borboleta, flor princesa imensa, mais profundo amor, maior Amiga, porque vales todas as batalhas nas quais me possa envolver por ti

NÃO ME PEÇAS…

Em tempos bem recentes

A um poema de amor que te escrevi

Respondeste-me

Pedindo

Para que não deixasse de ser teu amigo

Sinto o mesmo

Mas isso de pouco interessa

Pois o que de nós resta

Sinto

A nossa grande amizade em perigo

Por isso te digo

Não me peças

Para esquecer o passado

Quando

À distância

Estava a teu lado

Nos bons

E maus momentos

Sorriamos juntos

Juntos ganhávamos alento

Não me peças

Para obliterar

A tua voz

Da minha pessoa

E ainda

A tua presença

A minha alma é dura

Mas tal coisa

Não aguenta

Não me peças

Para esquecer essas batalhas

Que vencemos

Noutras estamos metidos

E o credo

É o mesmo

Por isso o teu sofrimento

Me faz aflição

Dor

Que tem

Solução

E por isso me custa tanto

Estarmos de facto

Tão distantes

Quando os sentires são os mesmos

Quando as coisas estão como dantes

Porque não mudámos

Sofremos é mais

Mas o teu silêncio

E incógnita

Se algum dia

Voltarás

Se algum dia

Terei a minha doce Rainha da mesma maneira

É monstro que me come vivo

Pois não sei

Se te voltarei

A ter à minha beira

Pois eu continuo

No mesmo local

À tua espera

A voz pode-se calar

Pelo cansaço de tanto chamar por ti

E de não ouvir o teu eco

Eu estou onde estou

Daqui não me mexo

A menos que me peças

Para ir ao teu encontro

E então

Virei

Do outro lado do Universo

Do outro lado do mar

Do esquecimento

Para onde

Por vezes tenho a impressão

Que é o local

Onde queres

Que sem cruelmente saber de ti

Que eu tenha de estar

Não me peças!