POEMA PARA O POETA PAULINHO DE CRISTO



Tu que tens a casa pobre,
E guardas em ti coração tão nobre,
Deixe que eu me adentre também...

Como todos os teus amigos
Que só se consolam dos perigos
No aconchego deste querer bem...

Que me esparramo também neste chão
Que não há melhor colchão
Que o da casa de amigos...

Gosto de casa, assim pequena
Onde a lua é mais amena
E clareia nos teus livros...

Quero saber do teu desatino
E da tua alegria de menino
Quero saber dos teus crivos...

Não quero te perguntar nada,
Só quero esquecer a vida danada
E que há caminhos esquivos...

Enfim, eu bato nesta porta
E se a casa é pequena, não importa,
Só quero tomar um café...

E te digo, Paulinho de Cristo,
Que eu sou como a ti que existo!
E confio em quem tem fé!