MEU RECANTO

Cheguei tímido, procurando espaços,

e tateando aqui e ali, encontrei sorrisos,

até que minha Alma sedenta sentiu alivios,

pois temerosa, tinha seus sobressaltos.

Mãos se estenderam, algumas jovens,

outras já denotando um certo viver,

mas todas macias qual pétalas de rosas,

me inebriando com seus doces perfumes.

Estenderam tapetes de cor vermelha,

como se adivinhassem minha preferência,

e formando um corredor de sorrisos,

pediram que adentrasse no doce recanto.

Por onde olhasse, só via maravilhas,

poetas sensíveis com todos seus dons,

e qual chuva que molha a terra sedenta,

ali plantei minhas primeiras sementes.

Aos poucos fui recebendo reciprocidades,

carinhosas, meigas, com muitos incentivos,

e me tornei faceiro pois não às merecia.

pois partiam de recantistas primorosos.

Amigas, amigos, assim me tornei para muitos,

como se os conhecessem de longos abraços,

que as distâncias não impediam chegar até mim,

pois Almas gêmeas sabem achar os caminhos.

Meu canto, meu recanto, aqui já posso morar,

recebo visitas que só me trazem encantamentos,

e me inspirando em seus dons que tanto admiro,

vou jogando meus versos que vão se aprimorando.

Aos recantistas que tão bem me acolheram,

entrego meus sorrisos e minha sincera amizade,

pedindo nunca abandonem este doce cantinho,

e aos que se afastaram, voltem com suas saudades.

04-08-2010