Adeus…-À Mel que se foi embora de uma forma horrível e que nunca chegou a saber o imenso carinho que tinha e terei sempre por ela…

Adeus

Meu quase amor

Pelas palavras

Que nunca te cheguei a dizer

Fruto

Da minha concreta

E ao mesmo tempo

Difusa

Interioridade

Adeus

Meu quase amor

Até

À nossa portentosa

E secreta

Eternidade…

E eu quero-te deixar ir

Mas sinto

A todas as horas

A todos os instantes

A tua voz verbal

Que não me deixa

E que me alterou a vida

No dia em que nasceste

Num dia mágico

Físico para mim

Algures

E a minha vida

Nunca mais

Foi como dantes…

E pensas

E sentes

Que eu não tento

De mim separar

Da minha vida

Continuar?

Eu bem tento

Mas a tua memória

Acompanha-me

Quando acordo

No meu despertar

Nas minhas noites de dor

Que ninguém

Nem mesmo a borboleta

Conseguem

O tamanho dessa dor

Excruciante

Imaginar…

E eu quero partir

Quero de ti me separar

Quero-me

Libertar

Mas mesmo que o consiga

Nunca te irei

Esquecer

Dedicando-te

A Ti

À Borboleta

Ou ao meu amor

Evanescente

A minha obra

A obra de uma vida

Pois eu sei

Onde para sempre

Irei repousar

Contigo na memória eterna

Que

Quer ou gostem

Ou não de mim

Só me interessa quem goste

O resto são sombras

E este sou eu

A minha forma genética

E mental

De ser

De estar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 23/07/2010
Código do texto: T2395346
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