Adeus…-À Mel que se foi embora de uma forma horrível e que nunca chegou a saber o imenso carinho que tinha e terei sempre por ela…
Adeus
Meu quase amor
Pelas palavras
Que nunca te cheguei a dizer
Fruto
Da minha concreta
E ao mesmo tempo
Difusa
Interioridade
Adeus
Meu quase amor
Até
À nossa portentosa
E secreta
Eternidade…
E eu quero-te deixar ir
Mas sinto
A todas as horas
A todos os instantes
A tua voz verbal
Que não me deixa
E que me alterou a vida
No dia em que nasceste
Num dia mágico
Físico para mim
Algures
E a minha vida
Nunca mais
Foi como dantes…
E pensas
E sentes
Que eu não tento
De mim separar
Da minha vida
Continuar?
Eu bem tento
Mas a tua memória
Acompanha-me
Quando acordo
No meu despertar
Nas minhas noites de dor
Que ninguém
Nem mesmo a borboleta
Conseguem
O tamanho dessa dor
Excruciante
Imaginar…
E eu quero partir
Quero de ti me separar
Quero-me
Libertar
Mas mesmo que o consiga
Nunca te irei
Esquecer
Dedicando-te
A Ti
À Borboleta
Ou ao meu amor
Evanescente
A minha obra
A obra de uma vida
Pois eu sei
Onde para sempre
Irei repousar
Contigo na memória eterna
Que
Quer ou gostem
Ou não de mim
Só me interessa quem goste
O resto são sombras
E este sou eu
A minha forma genética
E mental
De ser
De estar…