RETRATADO
(Sócrates Di Lima)


Não sou dono da razão,
Nem tenho esta pretensão.,
Sou apenas um poeta em evolução,
Buscando o sentido da minha emoção.

Como todo poeta,
Faço juras de amor,
Escrevo cartas na certa,
Por ser um sonhador.

Retrato de mim,
Uma alma leve e tranqüila.,
Não empunho armas afim,
Para fazer insana guerrilha.

Sou intempestivo,
Não levo desaforo.,
Mas, também sou persuasivo,
As vezes também choro.

E quem me conhece não se dispersa,
Se souber me compreender,
Pode até me levar na conversa,
E eu nem vou perceber.

Mas, não tolero arrogância,
Nem que pisem no meu calo.,
É estopim minha tolerância,
Quando quero, piso feito cavalo.

Não quero inimigos,
Nem tão pouco adversários.,
Sempre fiz bons amigos,
Tenho asco por falsários.
 
Meu coração é grandessíssimo,
Sou um cara do bem.,
Amigo verdadeiro, pouquíssimo.
Que não comparo a ninguém.
 
Minha amizade se encerra,
Se tentarem me ferrar com meu bem.,
Não tolero desrespeito também,
Por pouco faço uma guerra.
 
Meu retrato é singelo,
Sou um cara da paz,
Quem quiser seu meu amigo, abro meu castelo,
Do contrário jaz.
 
Finalmente pinto meu retrato, para qualquer um ver.
Também sou humilde na minha forma de ser.,
Posso até me desculpar para valer,
Se alguém magoei sem querer.
 
Não desejo mal a ninguém,
Desde que não queiram me ferrar.,
E se souberem o quanto sou do bem,
Minha amizade vai conquistar.
 
Posso pintar mil retratos,
Mas, o meu é assim.,
Com um adverso me retrato,
Porque este é o retrato de mim.



Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/07/2010
Reeditado em 13/08/2010
Código do texto: T2392700
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