No limiar de uma certa realidade…

Vejo e sinto o mundo

Com certas e determinadas cores

Que tanto podem resultar

Em certos momentos de prazer

Como em certas dores…

Tudo depende da minha sensibilidade

Se acordo com o meu radar sensitivo

Ligado no vermelho ao que me rodeia

Ou se acordo

Com ele desligado

O meio-termo era o ideal

Mas em mim

Esse ideal

É algo que tem tanto de inacessível

Como tem imenso de vago…

E assim passo dias

Algures

Na minha cabeça

Como posso passar outros

Demasiado sensível

Tentando

Uma espécie de equilíbrio

Quase impossível…

Na ressaca brutal

Que tenho sempre de passadas certas emoções

Sejam elas boas ou más

Tenho que me habituar

Ao que vem a seguir a elas

E assim conquistas a minha tão desejada paz…

E a única defesa que tenho

Para tornar o vento das sensações a meu favor

É sorrir

E tentar ao máximo ser feliz

Navegando no cúmulo da minha incomensurável sensibilidade

Olhando para o presente

Vivendo nele e nos dias que se seguirão

Porque para o passado

Sempre foi demasiado tarde

O aqui e o agora

É o que me interessa

No cerne

Da minha genética

No limiar de uma certa realidade…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 12/07/2010
Código do texto: T2372777
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