No limiar de uma certa realidade…
Vejo e sinto o mundo
Com certas e determinadas cores
Que tanto podem resultar
Em certos momentos de prazer
Como em certas dores…
Tudo depende da minha sensibilidade
Se acordo com o meu radar sensitivo
Ligado no vermelho ao que me rodeia
Ou se acordo
Com ele desligado
O meio-termo era o ideal
Mas em mim
Esse ideal
É algo que tem tanto de inacessível
Como tem imenso de vago…
E assim passo dias
Algures
Na minha cabeça
Como posso passar outros
Demasiado sensível
Tentando
Uma espécie de equilíbrio
Quase impossível…
Na ressaca brutal
Que tenho sempre de passadas certas emoções
Sejam elas boas ou más
Tenho que me habituar
Ao que vem a seguir a elas
E assim conquistas a minha tão desejada paz…
E a única defesa que tenho
Para tornar o vento das sensações a meu favor
É sorrir
E tentar ao máximo ser feliz
Navegando no cúmulo da minha incomensurável sensibilidade
Olhando para o presente
Vivendo nele e nos dias que se seguirão
Porque para o passado
Sempre foi demasiado tarde
O aqui e o agora
É o que me interessa
No cerne
Da minha genética
No limiar de uma certa realidade…