Sentir, Estar…
Gosto de sentir
Mas por vezes
Não o sei suportar
E muito menos
Da forma correcta
Exprimir…
Adoro estar
Mas por vezes
Demasiadas vezes
Sinto
E sei
Que deveria
Estar ao mesmo tempo
Num outro lugar…
Seduz-me
A divina contemplação
Passar horas e dias
A olhar para a imensidão
Mas a vida é tão breve
E eu tenho tanto a fazer
Que não me posso dar ao luxo
De parar
De contemplar
E por isso
Ando sempre à velocidade da luz
A lutar contra os dias que passam
De uma forma vertiginosa
A tentar ultrapassar
A minha própria luz
A tentar viver os meus mundos
E um bocado os dos outros
Tudo aquilo que me rodeia
Tudo aquilo
Que quero imensamente sentir
Que quero imensamente tocar
E por isso
Nunca paro demasiado
Em lugar nenhum
Em coisa concreta nenhuma
E esta forma de estar
É a minha perigosa
Arma de destruição maciça
Que tanto me dá vida
Como ma exaure
Que tento que me acalma
Mas na maior parte do tempo
Me excita…