E a noite caia…

Tive vontade de te dar um beijo

De te despertar

Mas para quê?

Se falsas esperanças

De um amor transparente

Mas de que tão denso

Lhe faltava a consistência humana

E distante

Quase subliminar

Era quase tudo

No imenso que eu era

Aquilo

Que te tinha para te dar…

Vi o meu reflexo num copo

No qual procurava

Esquecer

O sofrimento

Que te causei

Por tanto te fazer sofrer…

E desejei

Que encontrasses alguém

Que pudesses amar

Mais do que me amavas

Sentimento que perdias

E achavas

Em cada madrugada

Na qual eu tanto partia

Como

Sem me anunciar

Chegava…

Para te jurar

Um amor eterno

Que tanto poderia durar semanas

Como ser efémero…

Sim…

Amava-te

Bem à minha maneira

E por isso

Meu amor

Nunca te poderia

Ter à minha beira

Devido à força de atracção dos meus mundos

Que tentavas

Mas nunca conseguirias compreender

Pois para mim eras um todo

Eras uma companheira

E ao mesmo tempo

Não eras quase nada

Devido ao facto

De a vida para mim

Ser tão intensa

De que para não me magoar com ela

Teria de passar por ela

De uma forma ligeira…

E a noite caia…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 09/07/2010
Código do texto: T2367063
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