TU
É como ler um livro que não se abre
É como folhear páginas em branco
É como desenhar um céu azul sem um lápis
É como ver o brilho da luz que se apaga.
A interrogação tem seu glamour
Perguntas hão de haver
Mas não serão proferidas
Pois o mistério se torna comum
Tua misantropia se esbarra à minha
E não há contenda, não há de haver
Tudo comporta-se como um encaixe
E nada se completa
Uma amizade insólita
Sim, porque não?
Nada se tem de sólido
E é nessa inconstância
Que firmo esse pilar.