CARACOL CARACOLA
Dentro de uma concha,
Mal mostrando os olhos,
Espiando por puro medo.
Você caminha... Troncha.
Fechando-se para a vida.
Arrastando-se... Tem um fardo
Que parece pesar toneladas.
Arredia, silenciosa... Em pedaços.
Quantos anos ela tem?
Por que anda tão curvada?
Caracol Caracola, perguntaram-me agora!
Saia da concha... Junte os cacos.
A vida está passando. Caia na real.
Essa concha não lhe poupa.
Dá um basta nesse mal!
Caracol, larga essa concha, sem demora!
Quem lhe encontra...
Sonda a concha pra depois avançar.
Se você não está ‘conectada’,
É hora de recuar...
Caracol Caracola você acredita
Que enroscada, está segura?
Isso é negar novos caminhos!
É optar pela própria sepultura.