Do outro lado

E eu te digo que podemos viver livres

Algo como se nunca fossemos morrer

E o que você responde?

Eu não sei, pois sua voz está sendo abafada

Talvez por medo

Ou talvez seja o barulho do seu coração disparado.

Deixe de lado esse peso enorme

Mova-se junto com o vento

Vamos caminhar em direção ao pôr-do-sol.

Você está do outro lado

Esse não é de fato seu lugar

Olhe para você, presa numa garrafa

Só para seus pais adimirarem.

Não quero te transformar num monstro

Encontre o limite, mas não o ultrapasse

Se pular do penhasco espero que esteja presa a alguém.

Nascer e morrer

Essa não é bem a questão

É mais sobre o que fica no meio:

Viver.

Saia de casa de madrugada

Moedas de ouro não vão comprar sua liberdade

Aquilo que realmente importa não vale nenhuma migalha.

A hora chegou

Vai continuar

Ou vai partir?

Rumo a algo incompreensível,

Inexplicável?

Foi o destino que nos trouxe até aqui

Até a este momento único.

Eu olho para você e o que você me diz?

Você apenas permanece calada...

Então eu te encaro

E lamento profundamente

Por ainda não ter aprendido a decifrar o seu olhar.

Jean Carlos Bris
Enviado por Jean Carlos Bris em 27/06/2010
Reeditado em 27/06/2010
Código do texto: T2344012
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