Às Vezes…(II)

É preciso morrer

Para voltar a nascer

Temos que dar

Sem esperar receber

Devemos amar

Sem nada do outro lado esperar

Devemos olhar a eternidade

Sem a apressar

Porque se o fizermos

Pode ser demasiado tarde…

Deveremos partir

Sem esperar regressar

Procurar no horizonte longínquo

O nosso secreto lugar

Buscar um amor

Sem esperar nada dele

A não ser o calor da noite

Na alma fria

Que por tanto amar

Se encontra vazia…

Erguer novos mundos

Novos horizontes de esperança

Encarar o futuro

Como algo de bom

E não necessariamente deprimido

Às vezes sabe bem

Mesmo que nunca o possas estar

Sabe bem pensar

Que estás comigo…

Às Vezes…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 08/06/2010
Reeditado em 08/06/2010
Código do texto: T2306831
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