Janela da Serra

Tenho, em mim, uma janela de onde aprecio o mundo

E me deslumbro...

Indiscretamente mágica,

Ela edita as cenas mais ávidas,

Mais interessantes,

As mais deslumbrantes.

Lugar de paz,

Que muito me apraz.

Fonte de inspiração,

Colírio para a visão,

Extrai beleza da tempestade,

O aroma da tranquilidade.

Dentro de sua moldura,

Postam-se os recados da altura.

Enaltecem-se os caprichos da natureza,

Quebram-se todas as certezas.

Imprimem-se os versos da alma.

É imperturbável, a calma...

Exibem-se goiabeiras

E jabuticabeiras.

A serra do mar, ao fundo,

Toca-me no mais profundo.

Enaltece a harmonia,

Eleva a poesia,

A um patamar seguro,

Acima de todos os muros,

De toda banalidade,

De qualquer mediocridade.

A não repetição de seus desenhos,

Homologa o seu empenho.

É de uma perfeição, que não só espanta,

Como não cansa.

A sua total disponibilidade,

Assegura-me a tranquilidade

Que preciso,

Para não exagerar no juízo.

Conforta-me.

Comporta-me!

Elimina os ardis,

Com a elegância dos colibris.

Espaço mais que sagrado,

Para um peito alucinado...

Dedico esse texto ao meu amigo/irmão/parceiro musical,

O excepcional músico Louis Plessier!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 08/06/2010
Código do texto: T2306793