Tudo...
Me parece tão vão
E tão vago
Sendo e sinto
Demasiadas vezes
Quem está a meu lado…
Com distraída indiferença
Mas amo
Essa sua presença
E ando perdido
Ando achado
Sendo que a maior parte do tempo
Não sei onde ando
Não sei o que faço
Gosto de pouca gente
A pouca gente me dou
Na montra da banal socialização
Vejo-me ao espelho da normalidade
Mas este está velho
Este está baço
E tenho que assim partir
Para qualquer outro lugar
Onde brilhe um sol
Que me faça sorrir
Que me faça estar
Com os poucos grãos de areia
Que são as minhas estrelas
Que são o meu Espaço Sideral
Onde lhes escrevo poemas de sentida emocionalidade
Porque fiz dessas pessoas o meu ideal
A minha premente
E urgente imortalidade…
Sim,
Tudo ou quase tudo…