A FLOR DA ESTRADA


Não está mais na beira do mato,
também não á vejo sobre o regato,
vejo, seu ramo tão tristinho ficou...
Aquela flor, que aqui enfeitava,
vi de longe, que ali não mais estava,
que tristeza, alguém dali a levou...

Ficou sim, ficou sem vida a paisagem,
embora com o belo verde da ramagem,
sinto que está faltando ali uma cor...
Apesar da singela beleza do seu galho,
chego a acreditar que até o orvalho,
também vai sentir a falta daquela flor...

Mas não tem nada, ficarei na espera,
por uma outra, na próxima primavera,
por que dessa, só restou a fotografia...
Quem de lá á arrancou, não tem coração,
mas sei que ainda perfumou sua mão,
e pra mim? Está ilustrando,minha poesia...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/06/2010
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