Sobre o tempo…Camaradas, sobre o tempo…
Ouço vozes que se perdem em mim
Ouço vozes de um tempo
Suave e mortífero veneno
Porque o tempo não para de avançar
Embora de forma a o tentar deter
Deixo a imprevisibilidade suspensa no ar…
E brinco aos Imortais
Nessa plano irreal
Explano todos os meus ideais…
Pensando que estás aqui
Não agindo quando estás
Lamentando não te ter estimado
Quando estás por cá…
E tenho tantos amigos na minha cabeça
Jogando partidas imaginárias com eles
Brincando às escondidas com os afectos
Mas fugindo da realidade
Quando os sinto por perto…
Embebedando-me com substâncias inócuas
Ficando sóbrio com venenos
Vivendo na escuridão
Temendo a luz
Escrevendo
E sentindo
Sob a luz de estrelas distantes
Que nunca irei tocar
As estrelas são as minhas amizades
Longe-perto-longe
Com as quais não sei lidar
Mas sem as quais
Não sei passar…
Sobre o tempo…