Reencontro

A noite já estava chegando

Eu sentada, fitando o nada
Uma paz absurda
Um que de integração ao universo
- um toque em meu ombro –
Uma carta na mão
-É pra ti!
Não havia remetente
Eu conheço tanta gente...
Mas sabia ser especial
E senti um calor nas mãos
Ali! No papel-selado
Antes mesmo de ser aberto
Eu pressentia tanto amor!
Abri o envelope sem pressa
Saboreando cada momento
Tão acostumada com o e-mail
Este era um presente dos Deuses
Uma carta por correio
Encontrei uma folha colorida
Cheia de flores, borboletas
Bocas, corações, “SNIF”
Aspirei cada palavra, cada vírgula
Túnel do tempo – calidoscópio
Tardes vadias na varanda
Picolé de frutas, confidências...
Amigas desde infância – carne e unha
Cada uma seguiu um rumo
Muda de cidade, de estado...
Ah! Deus sabe como a procurei
Sem saber que tu também o fazias
Não importa quem encontrou primeiro
Importa sim que nossa amizade vive
Que este laço é verdadeiro
E este reencontro é divino
Um pedacinho de ti – aqui
Na palma de minha mão
Você inteira - sempre
Em meu coração!
Que nosso encontro – corpo a corpo
Não haja lágrimas – nem palavras
Apenas o silêncio – absurdo
No descompasso destes corações
Fiéis – apesar da distância – de tudo!

Para minha amiga, alma irmã... Palavras não exprimem meu sentir!

 


Khayssa
16/05/2010
khayssa
Enviado por khayssa em 16/05/2010
Reeditado em 16/05/2010
Código do texto: T2261270
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