O AMOR BRADA
O SOPRO DA MADRUGADA
por Juliana S. Valis
Procurei pelo seu riso durante o dia inteiro,
Andei pela estrada de emoções dispersas,
E vi sua sombra, entre tudo e nada,
Em reflexos múltiplos de ilusões imersas,
Até encontrar sua voz no sopro da madrugada,
Ecoando entre luas simples e diversas,
Quando o próprio amor resplandece e brada
No ápice dos sonhos e das paixões inversas...
E procurei a luz do seu olhar sublime,
Procurei, no mar, a mais profunda essência,
Procurei, no amor, o sonho que redime
A dor dispersa em trechos da existência,
E minha memória projetou um filme
De risos seus que me deram mais prudência...
E caminhei pela estrada das sensações dispersas,
Procurando sua face, entre tudo e nada,
Em reflexos múltiplos de ilusões impressas,
Até encontrar sua voz no sopro da madrugada
E, no próprio ápice das emoções diversas,
Ouvi a música que o amor nos brada.