Há uma história por contar…
De homens e mulheres que amam a Imensidão
Sem o saberem de forma adequada exprimir
E de certa forma explicar
Foram até ao fim de tudo
Viram o que queriam e não queriam ver
Mas souberam
No fim de tanta coisa
O essencial escolher
Escolheram a vida
A sua total plenitude
Sem qualquer tipo de moral
Mas sobretudo
Com convicta atitude
De quem sabe que as estrelas nasceram
Para serem admiradas e amadas
Para serem os caminhos da humanidade
Que olha para a Terra
Como seu berço
Mas de onde um dia irão partir para sempre
E nela morara apenas a saudade
Mas não uma perigosa nostalgia
De quem olha para o passado
Lembrando que nele viveu
Os seus melhores dias
Não, esta gente olha
E olhará para a frente
Para os dias que virão
Os dias que hão-de vir
Com a certeza que neles
O tempo há-de florir
O tempo que passa
E nos condena a uma certa caducidade
O tempo que pode fazer imensas coisas
Mas não apaga os nossos traços
Da mais genuína interioridade
O tempo que é nosso aliado
Se navegarmos nele
E ao mesmo tempo o podermos esquecer
Porque a virtude desse tempo
É aproveitarmos nele e sorvermos
Cada século, cada segundo
O tempo é bonito
Porque nos permite essa coisa portentosa
Que é para sempre sonharmos
Para sempre crescer…