E o Poeta lá vai andando…

Palmilhando com palavras

Os sinuosos caminhos da eternidade

Hoje e amanhã

Porque para ontem já é demasiado tarde…

Amando o que é belo

Porque o belo merece ser amado

Amando o que é menos belo

Porque as aparências podem enganar

E nas coisas que não parecem

Podem um imenso tesouro guardar…

Sorrindo e cantando

O dom da existência

Amando a espaços

Dando a mão

A toda a gente

E mesmo para quem

Para a vida e as suas maravilhas

Não tem apetência…

Na sua arte semi-oculta

Das palavras a que quase nada nem ninguém dá importância

Que quando ditas ele não sabe se alguém as escuta

Ele elogia o sol que o ilumina

As estrelas que o inspiram

A natureza que lhe devolve a tranquilidade

De uma vida vivida entre extremos

Do mais puro afecto

À mais devastadora desilusão

Ele vai feliz

Pois fez da vida

A sua mais bonita

E venerável canção…

E o poeta lá vai andando…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 06/05/2010
Reeditado em 06/05/2010
Código do texto: T2240526
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