E o Poeta lá vai andando…
Palmilhando com palavras
Os sinuosos caminhos da eternidade
Hoje e amanhã
Porque para ontem já é demasiado tarde…
Amando o que é belo
Porque o belo merece ser amado
Amando o que é menos belo
Porque as aparências podem enganar
E nas coisas que não parecem
Podem um imenso tesouro guardar…
Sorrindo e cantando
O dom da existência
Amando a espaços
Dando a mão
A toda a gente
E mesmo para quem
Para a vida e as suas maravilhas
Não tem apetência…
Na sua arte semi-oculta
Das palavras a que quase nada nem ninguém dá importância
Que quando ditas ele não sabe se alguém as escuta
Ele elogia o sol que o ilumina
As estrelas que o inspiram
A natureza que lhe devolve a tranquilidade
De uma vida vivida entre extremos
Do mais puro afecto
À mais devastadora desilusão
Ele vai feliz
Pois fez da vida
A sua mais bonita
E venerável canção…
E o poeta lá vai andando…