Emergência

Todos os dias se interpenetram

Um dia são tantos outros dias

Uma noite memoriza muitas luas

No tempo sol, quantas manhãs!

A sede de amor

Não acha um Oásis

O lugar de sombras

Não tinha orvalho

Nem árvore.

A vida verde era de

Espera e madurecer

O leite e o mel verteram-se

No marca-Paço, Dante, absorto

Nos passos revelava a vergonha

Do esquecimento de todos.

As memórias pulam de um ao

Outro celular. A aparência de

Vida migra em miríades de

Ansiedades. O barco no Hades

Veleja no submundo adornado

De lojas do shopping.

As células plugadas nas luzes

Dos celulares migram de um

A outro detalhe. E fantasiam de

Vitrine a vitrina os museus

Modernos sedes sapientiae

Dos desejos de menina:

— “Alô! Quem está falando?”

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 25/04/2010
Reeditado em 16/05/2011
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