Emergência
Todos os dias se interpenetram
Um dia são tantos outros dias
Uma noite memoriza muitas luas
No tempo sol, quantas manhãs!
A sede de amor
Não acha um Oásis
O lugar de sombras
Não tinha orvalho
Nem árvore.
A vida verde era de
Espera e madurecer
O leite e o mel verteram-se
No marca-Paço, Dante, absorto
Nos passos revelava a vergonha
Do esquecimento de todos.
As memórias pulam de um ao
Outro celular. A aparência de
Vida migra em miríades de
Ansiedades. O barco no Hades
Veleja no submundo adornado
De lojas do shopping.
As células plugadas nas luzes
Dos celulares migram de um
A outro detalhe. E fantasiam de
Vitrine a vitrina os museus
Modernos sedes sapientiae
Dos desejos de menina:
— “Alô! Quem está falando?”