São Sombras na Noite…
Até ao meu limiar da Invisibilidade
Há corpos
Que se despem por vezes
Que passam por mim
Que se fundem comigo
Sem saberem que para o amor
Por vezes é demasiado tarde
Que nunca partilharão o dia comigo
Fazem parte da obscuridade
Numa promessa de afecto
Beijos dados
Beijos perdidos
Por toda a esplendorosa Eternidade
Corpos que partilho
No meu Grande Silêncio
Na minha impossibilidade
De amar e ser amado
De não poder corresponder
Ao que recebo
Ao que dou
E cansado de chorar
Este tipo de inevitabilidade
Olho em frente
Recuso o passado
E o presente
E o futuro
São escritos
Na linguagem
De quem eu quero a meu lado
Em cenários virtuais
Na grande rede
Que quero reais
Em pessoas
Nas quais teimo em acreditar
Numa fraternidade
Meu local definido
Onde gosto de estar
Pois se me farto te tudo
À velocidade da luz
Há pessoas que ficam
Que ficarão
Nas tais palavras prenhas de intemporalidade
As poucas pessoas
A que sou capaz de me dar
E de me dar a elas
O que tenho de melhor
A pureza
De uma imaculada Amizade…
Não estas pessoas possuem um rosto, não são sombras…