A EPOPÉIA de *CELESTINO e *ESTRELA
Que sonho lindo e transcendente!
Que sonho animal!
Foi realmente
Um sonho no paraíso celestial.
Sonhava que estava caminhando
Pelas montanhas do mundo anímico,
Quando de repente, ouvi um gatinho miando
E estremeci ao reconhecer um fiel latido.
Era Celestino que miava!
Era Estrela que latia!
Celestino, um recado me encomendava,
Estrela pulava e me lambia.
Celestino era um gato de aura amarela,
Do meu amigo Cláudio Poeta.
Estrela era a minha cadela.
Celestino e Estrela faziam comigo, uma grande festa.
Lá no céu dos animais,
Celestino vendo na Terra, a tristeza do seu dono,
Miava e ronronava por demais,
E que mesmo estando ali, não se sentia no abandono.
Eu, Estrela e Celestino,
Alegres, em sonho, dialogando...
Eu me sentia como um puro menino
E no meu amigo Cláudio Poeta, fui logo pensando.
Celestino e Estrela queriam enviar notícias.
Num triplo abraço,
Primeiro miou Celestino em felinas alegrias,
_"Miau! Amigo do meu amigo, um pedido eu lhe faço:
Miau! Diga ao meu querido Cláudio Poeta
Que foi chegada a minha hora.
Que a paz se manifesta
Na vida dele, logo, sem demora.
Miau! Aqui estou bem,
Tenho carne solar, leite lunar, uma deliciosa e estelar ração
E muito carinho de São Francisco também.
Do Cláudio Poeta, tenho o amor dele no meu coração.
Miau! Fale prá ele esquecer da tristeza
E irradiar somente alegria.
Assim compreenderá melhor a Lei da Natureza,
Para que possamos resplandecer em plena harmonia.
Miau! Ele foi o melhor dono que um gato
Poderia ter. À ele, todo o meu carinho
E a minha gratidão por eu ter sido um gato tão amado.
Miau! Eu aqui! Ele lá! Que cada um seja feliz em seu cantinho!"
Cláudio Poeta! Psicografei este recado e vim aqui lhe transmitir.
Receba meu amigo com todo afeto.
Agora tudo poderá sentir,
Exceto, tristeza pela viagem do seu gato tão predileto.
Au! Au! Latiu Estrela,
Há tres anos naquele paraíso.
Estrela! Minha linda e fiel cadela,
O que queres que eu diga aos seus n'outro paraíso?
_"Au! Au! Meu querido e bom dono, às vezes, um pouco nervoso,
Dê minhas fiéis lambidas
Naquela família que é um colosso,
Pessoas amadas, por mim nunca esquecidas.
Au! Au! Dê uma lambida especial
No seu lindo netinho,
O Gigante Guilherme, um lindo menino celestial,
Que antes de ir prá vocês, aqui brincávamos com muito carinho.
Au! Au! À quem me envenenou,
Envia-lhe o meu perdão.
Pois aqui no reino do Amor,
O que vale é a paz no coração."
BUUUMMM! Acordei, na rede balançando,
Com um estouro na fogueira, donde labaredas ardentes me aqueciam.
E, por detrás das montanhas, a lua nova ia acenando.
Vi duas silhuetas animais. Celestino e Estrela, de mim se despediam:
_"Miau! Miau! Miau!"
Assim terminou um sonho bem legal,
_"Au! Au! Au!"
Um sonho!Celestino e Estrela, um gato e uma cadela, amigos no astral.
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(*Celestino: o gato recém-falecido do meu grande amigo Cláudio Poeta, vejam na sua escrivaninha o texto:"Até Qualquer Dia".
*Estrela: Minha linda e fiel cadela, uma dócil coker envenenada covardemente, há três anos.
Celestino e Estrela, eram membros amados de suas famílias aqui na Terra, onde tudo se encerra.)
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