Dádiva

Uma das mais belas manifestações é a sensibilidade.

É o melhor acabamento para a vida.

Tapete mágico na subida...

Catapulta a mente,

Para um lugar acolhedoramente quente.

Inquestionavelmente seguro.

A redenção do mundo!

O maior diamante da humanidade.

Sem ela não há graça,

A sanidade escapa...

A visão embaça,

A aspereza atraca!

O bom senso desanda...

A personalidade descamba.

A existência empobrece.

O universo entristece...

O ego enrijece,

A paz desaparece.

O caminhar fica confuso...

O argumento obtuso!

Aumentam os obstáculos,

Emergem os tentáculos,

Falham os oráculos.

Emudecem os espetáculos.

O seu espaço

É um abraço...

Seu solo

Possui as propriedades do maternal colo.

Não pode ser desviada,

Muito menos deturpada...

É bem clara sua missão:

Fecundar o chão.

Fortaleza disfarçada de fragilidade!

Incomparável fragrância,

A mais importante instância.

Fantástica plasticidade!

Via principal da evolução.

Perfeita canção!

Ela é de uma beleza...

Incansável surpresa!

Delicadeza impávida,

Ávida!

...Dádiva...!

Esse texto é presente de aniversário para minha amiga,

Patrícia Fajreldines.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 27/03/2010
Reeditado em 27/03/2010
Código do texto: T2161625