Ciclone Poético

Gostaria que o tempo que ainda tenho,

Desejo no qual, explicitamente me empenho,

Fosse assim como um ciclone,

Só que positivo,

Calmo,

Onde todos se encontrassem a salvo.

Ou seja: por onde passasse,

Implacavelmente arrasasse

Com o destrutivo,

Com o abusivo,

Com o enganoso,

Com o, desnecessariamente penoso.

Munido apenas, pela própria luminosidade,

Atingiria até aos cantos mais obscuros das cidades,

Livrando-as de todos os enganos,

Tornando seus habitantes,

Ainda retumbantes replicantes,

Em soberanos!

... Algo que se alimentasse,

Com a tranquilidade que espalhasse,

Através do conhecimento,

Contido nos sentimentos

De cada verso;

No relato poético de cada reverso.

Ventos rimados,

Naturalmente perfumados,

Varreriam a ilusão

Da materialidade.

Esparramariam inspiração

E sensibilidade.

Uma chuva morna, aconchegante,

Lavaria tudo que fosse relutante...

Tudo que não se garantisse,

Tudo que não se permitisse...

Germinando as melhores sementes:

As persistentes...

As mais resistentes,

Exatamente por serem consistentes.

Aquelas que carregam em seu ventre

A potencialidade,

As possibilidades

Do próximo nascente!

Gostaria de ser portador

Da enriquecedora,

Da enternecedora

Dádiva,

Ávida,

De emanar harmonia,

Através da alegria,

Vestida em poesia.

Esse texto foi inspirado como presente de aniversário para a insubstituível Conceição, que aniversaria junto com sua alter ego Regina Mara Barbosa!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 20/03/2010
Código do texto: T2148595