Angola

Branca Lua africana

que liberta a liberdade da savana;

e que faz de Maria

poeta e poesia.

Denso mar africano,

profundo e atávico arcano.

Navega-se nessas águas de Iansã,

renovada deusa, em cada manhã.

O Atlântico comum nos banha,

qual essência estranha.

Caminho de água e sal

que nos lava de todo mal.

Herança comum herdamos,

doce Maria de Angola.

Por isso, à dor que nos assola

sempre segue o carinho que nos consola.

Para Maria Mateus.