Caminho por certos caminhos…
Onde acabo por não chegar ao fim
Num mundo que parece sem sentido
Em palavras
Que tentas reparar
Quando notas
Que são o espelho
De um ausente olhar
Ando por trilhas desconhecidas
Dado eu sempre gostar
De estar em cima do fio da espada
Entre dois mundos
No limite dos quais
Nenhum deles me agrada
E quando penso que nada faz lógica
Que ninguém parece entender
Há uma chamada
Para o meu telefone que é raro tocar
Chamada metafórica
Que é a voz
Que alguém se importa comigo
Irá sempre importar
Independentemente
Das águas
Por onde eu me atreva a navegar
E a constatação ferida de dor
Que nunca ninguém me irá realmente entender
Devido à minha genética
À minha forma de ser
Dilui-se quase de todo
Quando percebo
Ou noto
Que alguém me lê
Lê as palavras que eu desenho no céu
Ou um pouco por todo o lado
E assim me sinto menos só
Me sinto menos abandonado…