Entre Paredes
Entre paredes e muros das esquinas
Venenos jogados em versos alados
Que se espalham em forma vazia
Como em espelhos quebrados no quarto
Como amizade que chega ao fim
Como sonhos perdidos no tempo
Um amigo que parte repentinamente
Deixando restos de lembranças e anais
Amarguras de viver esquecido
Ou pessoas que vivem juntas, tribais
Andam pelas ruas arezas
Entre prédios que sobem às nuvens
Que beijam o chão saudáveis
Da chuva que frustra o pobre
Entre sonhos e realidades
Nasce o novo que vive em mim
Na esperança de encontrar um amigo
Aquele que sustenta a dor
Que nos salva o tempo inteiro
Que vive a vida primeiro
Que alimenta a saudade
Que atravessa a ponte
Que faz papel
Que rabisca papel
Que derrama o vinho
Mas, entre paredes se entrega
E não se acha atual
Não vive o veneno fatal
E mesmo se vagar no tempo
Acha o que faz normal.