Desta fonte não beberás...

Quisera eu, meu Pai, que esta fonte nebulosa

Levasse consigo de volta esta parte sua

Que brotou nos tempos em que a minha lua

Não era lua, semi-lua, apenas: Prosa.

Eis o que o homem maldito insinua

Eis a concretização da visão rancorosa

Que de projeção antônima faz-se maravilhosa

E no seu íntimo, é veracidade nua

Tolo o que faz da amizade diamante.

E lhe glorifica, e lhe poetiza, e lhe satisfaz...

Conforma-te, todo aquele que a ti encante

Em algum ponto te deixará para trás

Invertendo a lógica de fazer-se de amante

E cravando em ti o que a decepção faz!