Prazer Imenso
A questão não é se estou ou não com os pés no chão.
É definir o que eu adotei como chão.
Obviamente não é o lodo da maioria,
Adornado com os frutos da hipocrisia.
Desse espaço, levantei os pés há tempos.
Assim que eu soube da existência de um movimento,
Que propunha a libertação do estabelecido,
Que já devia ter sido superado e esquecido.
Afinal, os resultados que podemos observar,
São de uma incoerência de lascar...
São elitistas,
Extremamente separatistas,
Enaltecem o egoísmo,
Base do famigerado capitalismo.
Para tentar conviver,
Sem enlouquecer,
Nem ceder,
Tive que transcender.
O meu solo é outro.
Está estampado em meu rosto.
Minha razão,
Impulsionada pela inspiração,
Deu um salto...
É outro o meu palco!
Onde habito,
De onde não saio, insisto,
Não existe essa ambição mal sã.
Constrói-se, a todo o momento, um novo amanhã,
Pleno de afeição,
Em cada grão.
É lei compartilhar o bom.
A tudo perpassa, embala, um lindo som.
Só existem as primeiras intenções,
São estimuladas as elevadas sensações.
O “bem comum” é sempre a meta.
A irmandade é a única via e é reta.
Não existem desvios, nem ópios.
Vive-se praticando o óbvio,
Com todas as janelas da consciência,
Completamente abertas.
É celular a solvência,
São etéreas as cobertas,
Bem como os abrigos.
Foram superados todos os juízos.
A vida manifesta-se em poesia,
Ou seja, na mais pura harmonia!
O existir é intenso,
O prazer, imenso...!
Dedicado a Marilene Rangel Plessier