Costume Antigo

“De sangue nos olhos e “puta” raiva no corpo,

eu vi e acreditei que o normal era complicado,

imagens, palavras, sons, giram minha mente de novo

tento esquecer, mas a raiva é um vírus dedicado,

lembro, penso, stresso, quase não durmo,

se não acredita que tem e combate não muda de rumo,

duas vezes por dia me concentro e o resto do tempo me desespero,

entre sorriso e ranger dos dentes, fatídica cena é linha

cada minuto que passa como horas no tempo, a vingança espero,

por pensar errado e acreditar que tomaram o que eu tinha,

num ato, de um amigo irmão se faz um inimigo vilão,

e tudo passado, vivido e compartilhado é esquecido e transformado,

naquilo que é a causa do mau e quase sempre nos tira a razão,

pois não há nada que fira mais que o orgulho tomado,

de homem de verdade nada pode ser tirado, daí, a bobagem que fica,

ligação que se vai, um amigo exonerado.”

Alberto Marra
Enviado por Alberto Marra em 11/01/2010
Reeditado em 12/08/2011
Código do texto: T2023204
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