A AMIZADE E O DEVIR

A ferida, contida,

a tão amiga,

deixou de sentir,

com o tempo,

a fadiga,

fez-se antiga,

e deu-se ao devir;

n'outra estância,

n'outro rumo,

pôde, então, renascer

e crescer,

fez amigos

bem melhores,

do que'u pude parecer;

doce amiga, sentida,

foi embora,

e a não-volta

a'afastou,

mas a musa,

tão querida,

para sempre,

aqui, ficou.

Nota do autor:

"A amiga afastou-se para sempre. A musa está comigo para toda a eternidade."

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 01/01/2010
Reeditado em 03/01/2010
Código do texto: T2006159