Helena
De onde surgiu
E de que modo segue
Teu olhar silencioso
Que caminha meticuloso,
Canto a canto.
Não é de Tróia
Como todos pensam.
É uma Helena,
A Helena da minha vida,
Minha irmã.
Mal posso contar
Quantos ponteiros rodar esperei
Entre um gole de gim e outro
Para ver tua face de novo,
Tinha sido eu, afastado pela bruma peçonhenta.
Quantas vezes posso te falar
Em palavras rasas
E na minha caligrafia horrível,
Chamuscada pela brasa do seu cigarro
Em claves, palavras.
Quantas vozes,
Quantos copos
E nada igual a ti,
Helena.