Lá na Ponta
Estenda sobre si o manto azul da tranquilidade.
Abafe toda forma de animosidade.
Relaxe:
Permita o encaixe.
Não se debata,
Rebata!
Mande às favas, todas as mágoas,
Banhe-se em perfumadas águas.
Você é tão preciosa.
Permita-se mais cor de rosa...
Deixe que eles todos se lasquem,
Os abacaxis são deles, pois que os descasquem...
O barco do desamor naufragou
E você, bem ou mal, se salvou...
Não se entregue.
É alto o que você persegue.
Não sossegue,
Nem se apegue...
Deixe fluir
O seu talento natural para construir.
Já desponta,
Bem lá na ponta
Do horizonte,
Atrás do monte,
O equilíbrio da sua balança,
A sua bonança!
Acredite no seu direito inalienável,
Absolutamente incontestável,
À felicidade.
Invista na suavidade,
Dê folga à severidade,
Aposte na criatividade.
Despreze as fórmulas prontas,
São ineficazes e deixem a mente tonta.
O seu caminho jamais será o comum.
Investigue os sentimentos, um a um...
Procure outros ângulos,
Afinal, são tantos...
Escolha o mais confortável,
Mesmo que não seja o mais recomendável.
Invista na sua diferença,
Enriqueça sua sentença...
Não entregue os pontos,
Escreva seus próprios contos.
Não permita que escolham por você, os finais,
Projete de próprio punho os seus vitrais.
Releve a mediocridade,
Cuide sim, da sua luminosidade.
Você é muito mais.
Tem a senha dos temporais...
Encontre em você um lugar,
Para profundamente respirar.
Quando você sofre,
Algo terrível ocorre:
O céu entristece,
O sol desaparece...
Vamos, faça um favor para esse dia:
Sorria!
Para minha amiga Janaína!