Como um copo d'água
Assim vejo a amizade
Que mata a sede da mágoa
Mas, evaporando-se na frágua
Nos enche de infelicidade

Quando o destino sedento
O esvazia sem compaixão
Nos causa sofrimento
Só nos resta o lamento
E a sede do coração

Tenho sede dos muitos amigos
Dos que ficaram pelo caminho
Dos novos e dos antigos
Que brindaram a vida comigo
Depois me deixaram sózinho

Ainda restam gotas no fundo
Desse copo cristalino
São os amigos que o mundo
Pode secar num segundo
Pelas mãos do cruel destino 



"Enchi o copo da vida com amigos.
Mas, o destino sedento os sorveu.
Restando gotas teimosas no fundo!
Espero que a mão do mesmo destino,
não passe o pano seco da separação..."

                                                       
  (Edil Franci)