A OUTRA REGINA
Dizia que o verso foi feito para ela e eu não vou desdizer.
Para que matar uma ilusão e secar uma fonte de prazer?
Meu verso tem o seu nome mas é dirigido a outra pessoa,
Como posso lhe dizer a verdade se a mentira seu ego abençoa?
Como posso desprezar uma lição de vida tão rica?
Ela se acha uma musa e eu um operário que fabrica,
As ilusões para o viver dela não ter uma só tristeza
A ponto de modificar seus passos,andando com mais leveza.
Ela se achou ali e não quiz ficar indiferente a este agrado
Por isso,coteja aquelas palavras como se fosse um namorado
Que lhe prometeu amor eterno e a certeza de um renascer.
Evocando seu nome,não previa tanta cumplicidade com s/memória
Vinda à tona com as passagens que o poema julgava ser transitória
Mas para ela, um arquivo repleto de lembranças para reviver.
CRPOETA - HOMEM
Este poema teve origem no comportamento de uma Regina que,
lendo meu verso de nome REGINA, dizia que o verso foi feito pa-
ra ela.