A BORBOLETA E O OURO
À Sónia Princesa Imperatriz Borboleta Rainha amiga que gosto com tudo o que tenho de mais belo dentro de mim
A BORBOLETA E O OURO
Vivia numa terra bela, bela
Que eu tenho a sorte
De ver
Da minha inalcançável janela
Mas vivia triste
Num país que existe
Mas penso que não para ela…
Em tempos perdidos no seu tempo
Tinham-lhe dado um pouco de ouro
Um pouco de amor
Que maldosamente ou não
Tinham misturado
Com alguma dor
E ela voava, hó céus, num voo lindo
À beira do seu mar
Procurando de novo
Esse tesouro encontrar
Mas quando pensava que o via
Reparava que eram apenas cinzas
E dos seus olhos
Caíam o verdadeiro ouro
Lágrimas lindas, lindas…
Julgando que esse pó de nada
Eram o seu consolo…
E eu assim um dia a conheci
Quando procurava o mesmo
Dentro ou fora de mim…
E contei-lhe uma velha história
Que vinha dos meus ancestrais
Que por vezes o tesouro
Está onde nunca o procurámos
Jamais…
Apontei-lhe então
A direcção
Das terras dos sonhos
Onde tudo é possível
Onde tudo se pode concretizar
Que por vezes mora dentro de nós
Local onde nunca a julgamos encontrar
Perdido e triste
Perguntei se queria vir comigo
Em busca desse
Da felicidade vestígio
Não sei se ela está ou não
Ao lado deste amigo
Sei que continuo a procurar
Esse abrigo
Porque os sonhos sempre foram o meu Deus
A terra perdida
Na qual serei Imperador
Mas julgo que ela está
Algures no alto do céu comigo
Cada um no seu canto
E no seu sonho
Pois sinto o seu calor,
O calor da
Borboleta e o ouro