DESCREVA O INFINITO

DESCREVA O INFINITO

Ontem sua mente deitou-se ávida no chão do infinito,

E sua alma debruçou-se sobre um tapete de estrelas

Brilhantes e belas, jogadas no acaso...

Seu silêncio refletia o meu, que refletia o mundo,

E, no profundo labirinto tempo, vagamos ilesos,

Por horas e horas, procurando o resquício de amor lá no fundo

Daquilo mesmo que nós costumávamos ser...

Mas, bem agora, entre as horas insones,

Escapam-me sonhos, versos e nomes,

Entre universos de paz que, um dia, tracei...

Hoje sopro letras, na esperança de escrevê-las

No ápice do céu, no sentimento aflito,

Pois sei que muito além de galáxias e estrelas,

Há mistérios nessa vida que se descrevem no infinito.