PERDÃO AMIGO

Amanhece um novo dia

E meus olhos injetados, vermelhos, inchados

Tristes no semblante

Procuram nas formas um novo significar

Chorei por tudo o que disse sem pensar

Porém, meu mais profundo desejo

Era simplesmente conjugar estes verbos

Sorrir, compreender, esperar, até amar

Tento não ser, mas é assim que sou,

Infeliz imperfeição que teima em permanecer

Ah...ser inquieto, impaciente,

Abominável e inconstante que eu sou

Ah...se pudesse tirar o prefixo das palavras

Tudo seria tão mais fácil

De ser inquieta – quieta seria

De ser impaciente – paciente seria

De ser inconstante – constante seria

De ser abominável – amável seria

De meu ser imperfeito e humano, tudo mais belo se faria

O que me resta é a esperança de teu amor

Um amor amigo, saudável, leve, esquecido

Que te esqueças do quanto feri e magoei

Que me toques humana

Que me compreendas um pouco

Quiçá vejas coisas boas em mim

Que te lembres de mim como eu vejo a ti,

Lembranças do mar, das corridas na praia,

De coisas leves tolas e lindas que um dia te disse

De um abraço meigo e desprendido que eu talvez tenha dado

Se me perdoas, eu juro,

serei eu e ti, muito mais feliz !

Adriana Alves (Poetisa Lancinante)
Enviado por Adriana Alves (Poetisa Lancinante) em 17/10/2009
Código do texto: T1872417
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