ULTRAPASSAGEM METAFÍSICA II

ULTRAPASSAGEM METAFÍSICA II

Juliana S. Valis

Quando o céu me ultrapassa no infinito do amor,

Sou o véu metafísico que defende a verdade,

Até que o sol me convida a ser uma luz que restou

Entre a cruz e a espada de qualquer tempestade...

Tento assim, com vontade, ultrapassar qualquer medo,

De súbito, sou o segredo que não se revela, jamais,

Quando o tempo pergunta: já é tarde ou tão cedo

Para revolucionar a humanidade numa chuva de paz ?

Sim, sou o silêncio loquaz que a todos invade,

Sou a chuva de lágrimas que lavam a rua,

Ao ver tanta violência inundar a cidade,

Numa crise humana, na realidade tão crua!

Então, de repente, vejo-me cortada como árvore só,

Entre toneladas de outras que ultrapassam os anos,

E ninguém salva o planeta? Ninguém desata este nó

Entre ambição e cobiça, repetindo os velhos enganos?

Ah, será possível que um mero conceito de probabilidade

Possa medir a profundidade exata do que seja “o amor” ?

Quando o espírito se ergue, nessa questão que lhe invade,

O próprio amor ultrapassa o sentido que for...

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 06/10/2009
Código do texto: T1850324
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