MADRUGADA INSONE

MADRUGADA INSONE

Juliana S. Valis

Às duas horas da madrugada insone,

Entre tudo e nada, o pensamento voa,

Pelos céus da vida, no suor sem nome,

Quando a própria alma, aqui em nós, ecoa...

Às duas horas da madrugada insone,

De longe, o tempo brada o que a razão esquece

E alimenta a mente que sempre teve fome

De explicação, sentido, de emoção e prece...

Mas como é difícil atravessar as horas

Sem conseguir, ao menos, desligar de tudo,

Sem velejar no sonho onde tu mesmo moras,

Engolindo a seco o pesadelo mudo !

Ah, essas longas horas da madrugada insone

Trazem lembranças vagas de como a vida voa

Pelos céus do tempo, na razão sem nome,

Quando a própria alma, aqui em nós, ecoa.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 26/09/2009
Código do texto: T1832045
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