SILÊNCIO SEM MÁSCARAS (Non Scriptum)

SILÊNCIO SEM MÁSCARAS (Non Scriptum)

Juliana S. Valis

O silêncio nem sempre mascara a realidade,

Ele apenas incita a dúvida não escrita

No sentimento único que nos invade,

Quando a razão se torna um pouco mais aflita,

Quando os minutos se vão, ao fim da tarde,

Na solidão que, bem na alma, grita...

Não, o silêncio não mascara a felicidade

Nem precisa preencher as máculas de um tempo vão;

Quem sempre usa máscaras é a sociedade,

Tentando encobrir a torpeza e a corrupção...

O silêncio é a plataforma de várias sensações da alma

E de tudo o que é abstrato e não escrito,

Não explicado, não avisado, nem difundido,

E a razão é apenas um ruído diante do silêncio que nos acalma,

Como um som metafísico que não pode ser ouvido,

Como um bom pensamento que mal cabe na palma...

Mas, tu, sentimento indelével que vai além do mundo,

No silêncio e no sonho de afáveis cores,

Avisa-me o dia em que tu mesmo fores

Realizar a máxima do amor profundo.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 25/09/2009
Código do texto: T1831367
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