PARA AS ESTRELAS...
ENIGMÁTICO TREM PARA AS ESTRELAS
Juliana S. Valis
Na fronteira entre o sonho e a realidade,
O escarcéu da cidade se repartiu,
E pelo espelho metafísico do tempo,
Um simples momento se despediu...
Em plena madrugada, não se vida nada,
Apenas a lua ria desse mundo vil,
E a maior rua da vida, tão atribulada,
Recebeu o medo que, depois, sumiu...
Hoje ninguém sabe se foi só delírio,
Mas o sol fugiu de sua obrigação,
E deixou sem luz, por anos, no martírio,
O céu, o mundo e os dias que se vão...
Então as boas emoções acenderam velas
Para todas as mentes que queriam vê-las,
Ultrapassando a escuridão presa nas vielas,
Quando partiu o trem lá para as estrelas,
No labirinto da luz em suas telas,
Nas sensações que apenas a alma teima em descrevê-las.