LIBERTE-SE DA TENTAÇÂO

ÉBRIOS

Inúmeras paisagens inebriantes

Dançam aos olhos dos viajantes

Seus olhos não podendo conter-se

Nas órbitas, passeiam, voam

Por vielas de prazer infindo

Orgias, fantasias, delírios.

Sonhos, pesadelos, desvios.

Ravinas de esperanças mortas

Oásis de águas doces

E noites de céus constelados

Onde as estrelas em seu bailado

Beijam as palmeiras gigantes

Seus corpos febris e ardentes

Reclamam carícias sem fim

Como se desejassem possuir

Todas as flores do jardim

Num longo suspiro sorver

A essência da vida eterna

Em sua languidez mórbida

Deseja tudo sentir, sorver.

Não conhecem o respeito

As trevas os seduzem

Para os abismos profundos

Onde reflexos falsos reluzem

Iludindo-os, assediando-lhes.

A alma adormecida e esquecida

Embriagados das seivas do vício

Vagueiam nas dimensões perdidas

Viajando sem sair do lugar

Esquecidos da verdade doce

Que os faria caminhar ao infinito

Ficam presos na falsa luz do luar

As feudo jóias da inveja e da cobiça

Paralisaram os sentidos reais

As flechas da luxúria e do orgulho

Feriram profundamente o arbítrio

Em desarmonia com sua essência

Desequilibrados, loucos, desesperados.

Tentam se erguer, mas logo são empurrados.

Pelos verdugos implacáveis

Alimentados por suas culpas

E atos impensados do pretérito

No minuto final de suas forças

Quando sentem que perderam a luta

Pedem socorro, com a garganta seca.

Sedentos da água cristalina

Que desce do infinito rio

Da misericórdia divina.

E assim lentamente, gota a gota.

Vão matando sua sede

Suas almas despertando

Para a os primeiros raios deluz

da Realidade Maior.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 02/09/2009
Código do texto: T1787817
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