NO DIA EM QUE DEUS MORREU

À Sónia Borboleta Imperatriz e Rainha, porque acima de tudo és a minha Rainha, pois desde que te conheci que as coisas passaram a ser mais belas, infinitamente mais belas, pois tu tens esse dom soberbo e único de transformar tudo em belo, mesmo a tristeza

NO DIA EM QUE DEUS MORREU

(Poema de um agnóstico a alguém especial e ao seu deus)

Tudo o que era belo

Desapareceu

No dia em que Deus morreu

Perdi toda a minha alegria

Pois com ele

Desapareceu para sempre a poesia

Fiquei cego e tudo deixei de ver

Pois ele era a luz

Que as trevas fazia desaparecer

O mais profundo amor

Transformou-se numa louca agonia

Porque não sei viver sem amor

Pois sem ele nada faria…

A música

Passou a ser o mais pesado silêncio

No reino do qual

Perdi o alento

Mas isto

É uma utopia

Pesadelo

De um não crente

Isto será uma realidade

Quando não estiveres presente

Pois nesse dia negro

As estrelas

Deixarão de brilhar

E eu perderei

O brilho do meu olhar

Pois o pequeno mundo

Que pensas que és

É parte do meu Universo

Inamovível fé

Acredito no que vales

E poderás valer

Crença que poderá mover montanhas

Pois a tua força

É capaz de coisas tamanhas

Inclusive capaz de me fazer acreditar

Que o Invisível

Deixou de reinar

Nos teus sonhos

Que gostava que fossem os meus

Mas isso é algo

Só ao alcance de

Deus