Amigo, não sei como agradecer!
Como posso agradecer-lhe amigo
Pelas vezes que precisei de ti
Sim, você ali sem querer se aparecer
Surgiu de um fundo escuro e opaco
Radiando com um fio de luz cintilante
Os meus momentos de embaraços.
Amigo que tantas vezes sem fim
Emprestou-me seu ombro para chorar
E nas noites infindas de ébrio
Acompanhou-me até o sol raiar!
Emprestou os seus ouvidos para lamentos
Descarregados nos meus minutos insanos.
Veja, amizades são muitas por aí,
Mas amigo (digo amigo), são poucos.
Amigo é aquele com quem se confidencia;
Mesmo, sabendo que será repreendido.
Aquele que sabe dizer sim pro impossível,
E não para o desejo mais profundo, insano.
Você que deu-me de beber quando tive sede,
E alimentou-me na fome nos dias míseros.
Aquele que chorou comigo amargamente
Em minhas tristezas de abandono.
Paciente, emprestou-me os seus passos,
E sua mãos fortes quando estive inerte.
Quando todos enfim me criticavam,
Mesmo sabendo que eu era errado,
Você ficou ali robusto do meu lado;
Incorporando a dor do meu ser.
Amigo... Sim! Você é 'O AMIGO!'
Desculpe, mas não há como agradecer!