Amigo, não sei como agradecer!

Como posso agradecer-lhe amigo

Pelas vezes que precisei de ti

Sim, você ali sem querer se aparecer

Surgiu de um fundo escuro e opaco

Radiando com um fio de luz cintilante

Os meus momentos de embaraços.

Amigo que tantas vezes sem fim

Emprestou-me seu ombro para chorar

E nas noites infindas de ébrio

Acompanhou-me até o sol raiar!

Emprestou os seus ouvidos para lamentos

Descarregados nos meus minutos insanos.

Veja, amizades são muitas por aí,

Mas amigo (digo amigo), são poucos.

Amigo é aquele com quem se confidencia;

Mesmo, sabendo que será repreendido.

Aquele que sabe dizer sim pro impossível,

E não para o desejo mais profundo, insano.

Você que deu-me de beber quando tive sede,

E alimentou-me na fome nos dias míseros.

Aquele que chorou comigo amargamente

Em minhas tristezas de abandono.

Paciente, emprestou-me os seus passos,

E sua mãos fortes quando estive inerte.

Quando todos enfim me criticavam,

Mesmo sabendo que eu era errado,

Você ficou ali robusto do meu lado;

Incorporando a dor do meu ser.

Amigo... Sim! Você é 'O AMIGO!'

Desculpe, mas não há como agradecer!

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 21/07/2009
Reeditado em 09/06/2010
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