MOLHE-ME
Preciso de cada uma das tuas gotas
de cada um dos sopros da brisa
gotas e brisa
sopros do outono
na mansidão da noite silenciosa
Quero que respinguem dos telhados
todos os teus excessos
e me alcancem nas profundezas
para que possa me emprenhar
a minha louca sede saciar
Quero que me alcances
no âmagos das minhas entranhas
para que as vertentes jorrem em profusão
e alcancem regatos aos rios
que os levem no rumo do infindo oceano
Alcança-me, chuva do outono,
o verão foi tão cruel
sequer deixou-me beber um pouco
para minha boca umedecer
Sou a Terra que urge frutificar
para que o amor passe a viver
Preciso de cada uma das tuas gotas
de cada um dos sopros da brisa
gotas e brisa
sopros do outono
na mansidão da noite silenciosa
Quero que respinguem dos telhados
todos os teus excessos
e me alcancem nas profundezas
para que possa me emprenhar
a minha louca sede saciar
Quero que me alcances
no âmagos das minhas entranhas
para que as vertentes jorrem em profusão
e alcancem regatos aos rios
que os levem no rumo do infindo oceano
Alcança-me, chuva do outono,
o verão foi tão cruel
sequer deixou-me beber um pouco
para minha boca umedecer
Sou a Terra que urge frutificar
para que o amor passe a viver