Plenitude dos Sentidos

A batida cardíaca ecoa,
como se seu som
cobrisse aos outros,
como que procurando
aquele que seria o seu par.
O corpo fica cada vez mais leve.
E este tem vontade de dançar
interagindo com o festivo dos pássaros.
Imaginária cachoeira,
queda d' água, névoa úmida
tocando com afeto a face.  
E nesta havendo lufada
de uma brisa perfumada
pelas flores campestres
donas de muitas cores. 
de um onírico campo onírico 
Reunindo a imagem
uma fina chuva
criando musicalidade
do cair das gotas
sobre a relva e as árvores.
Sentidos aguçados,
visão, olfato, audição,
e a epiderme toda viva.
No paladar o último beijo.
Na cabeça o último sonho.
Agradáveis fantasias
da imaginação, tudo é criação.
Os limites foram abandonados.
É tomado por uma pacífica euforia.
E esta não se sabe se expressa-se
por lágrimas ou por sorrisos.
Novamente o coração se faz sonoro.
Tinge a tudo um murmúrio de silêncio.
A sensação de libertadade o visita,
mas brinca de fugitiva.
Êxtase de corpo e alma.
Num íntimo encontro consigo,
num profundo sentir de tudo,
num momento único,
onde comunga
com a plenitude de ser.


Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 03/07/2009
Reeditado em 03/07/2009
Código do texto: T1681131
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