Laços
Á amizade,
laços solvidos a seiva e brilho
mãos caminham provando hipóteses
mostram que estamos errados em não esperar o melhor de cada um
o melhor de todos,
são esses laços os tantos que mostram que tudo que temos, são velhas agonias, lidas de uma vida no começo, esperanças infames,
desejos que rompem mémoria
não explicam por que estão indo embora,
se vão e por que não tem começo esticam um momento
sobre a suplica de um laço que se despede.
À saudade
as agonias dos que não sabem sonhar
que vivem sobre poemas
não os fazem com suas mãos que levam consigo
as palavras, nas bocas há de ser pronunciado o canto de saudade
da amizade que se foi
à lagrima cravejada de diamante cor de prata
vai caindo de leve
chamusca meus olhos, coroa meus sonhos
devolva-me tudo que levaste
devolva meus sonhos
esses laços
completos laços da agonia
da noite que se leva
e das noites sem você
morro sozinho
aos lábios lembranças frescas
de um calor lento
o frio vazio do medo
dos laços
e dos sonhos que vivem
minha saudade de você
meu amor
minha amiga.